Buscamos sempre o melhor com a supervisão e direção de Fávero e Balardim. A cada ensaio aprimoramos nossa percepção de tudo o que nos rodeia no espaço cênico tentando abandonar a dita "razão".
A Passagem pelo Estreito de Messina é a nossa primeira cena que começa a tomar "corpo".
Confira o vídeo e deixe seus comentários:
A marcação de uma cena em sombras exige planejamento, experimentação e criatividade para descobrir as soluções dinâmicas de todos os seus componentes dramáticos. Além da sensibilidade artística e de técnicas relacionadas ao processo de composição formal do enquadramento, o ator do teatro de sombras necessita de habilidade para manusear as diferentes qualidades de energia do corpo, de compreensão e precisão com relação a sua biodinâmica, oferecendo possibilidades coreográfcas. Uma marcação eficiente no espaço exige esses recursos, apontando caminhos interessantes para o desenvolvimento da direção cênica e de uma dramaturgia consistente. Seguimos experimentando a nossa consciência corporal no espaço e no tempo da cena...
ResponderExcluirMONTAGEM DE PLANOS
ResponderExcluirMontagem não consiste apenas num momento específico onde acontece o fenômeno corte.
Eduardo Leone e Maria Dora Mourão (Cinema e montagem. São Paulo: Ed. Ática. Série Princípios, 1987. p 7-8) apontam três etapas para a montagem: a montagem no roteiro, a montagem na realização e a montagem propriamente dita. Os autores consideram que o trabalho de edição é anterior à invenção do cinema: editar significa montar, escolher, selecionar e articular.
Efetuar uma montagem significa juntar as partes, seguindo um roteiro (instruções). Não é específico do cinema. Do ponto de vista articulatório, pertence ao mundo da arte. Assim, amplia-se o entendimento de montagem, estendendo-o a um processo de seleção que apresenta um determinado ponto de vista sobre o objeto.
Como modalidade articulatória do discurso, a montagem prevê a seleção e a articulação para uma execução narrativa (épica), lírica ou dramática, dispostas numa confluência do eixo paradigmático (seleção) com o eixo sintagmático (contiguidade, disposição numa linha temporal), organizando planos através de uma lógica interna, uma objetivação de fragmentos.
Sobre os planos, necessitam ser acrescidos de valores estéticos: são esses valores que favorecem a transição de um plano para outro, operando uma dinâmica na ação proposta.
Do ponto de vista da cena teatral, a organização dos planos corresponde ao endereçamento da atenção do público: o ator induz o movimento ocular da plateia através de sua ação. Assim, o ator é capaz de mostrar ao espectador um acontecimento amplo no grande espaço da boca de cena ou fazê-lo prestar atenção a um detalhe em um pequeno objeto. A escolha desses focos de atenção e sua organização constitui a montagem cênica.
MAIS UM DETALHE:
ResponderExcluirA trilha utilizada neste vídeo não é a trilha do espetáculo. Foi utilizada apenas como motivador para criar o clima da cena, inspirando as atrizes.