terça-feira, 17 de maio de 2011

A PASSAGEM PELO ESTREITO DE MESSINA

Nossa passagem (que é longa) está sendo bem estreita sim. Com todas nossas forças, olhares atentos e corpos em movimento constante, mesmo que parecendo estáticos, estamos tomando todo o cuidado para não sermos abocanhados por Cila ou puxados de surpresa por Caríbdis.
Buscamos sempre o melhor com a supervisão e direção de Fávero e Balardim. A cada ensaio aprimoramos nossa percepção de tudo o que nos rodeia no espaço cênico tentando abandonar a dita "razão".
A Passagem pelo Estreito de Messina é a nossa primeira cena que começa a tomar "corpo".
Confira o vídeo e deixe seus comentários:

3 comentários:

  1. A marcação de uma cena em sombras exige planejamento, experimentação e criatividade para descobrir as soluções dinâmicas de todos os seus componentes dramáticos. Além da sensibilidade artística e de técnicas relacionadas ao processo de composição formal do enquadramento, o ator do teatro de sombras necessita de habilidade para manusear as diferentes qualidades de energia do corpo, de compreensão e precisão com relação a sua biodinâmica, oferecendo possibilidades coreográfcas. Uma marcação eficiente no espaço exige esses recursos, apontando caminhos interessantes para o desenvolvimento da direção cênica e de uma dramaturgia consistente. Seguimos experimentando a nossa consciência corporal no espaço e no tempo da cena...

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  2. MONTAGEM DE PLANOS

    Montagem não consiste apenas num momento específico onde acontece o fenômeno corte.
    Eduardo Leone e Maria Dora Mourão (Cinema e montagem. São Paulo: Ed. Ática. Série Princípios, 1987. p 7-8) apontam três etapas para a montagem: a montagem no roteiro, a montagem na realização e a montagem propriamente dita. Os autores consideram que o trabalho de edição é anterior à invenção do cinema: editar significa montar, escolher, selecionar e articular.
    Efetuar uma montagem significa juntar as partes, seguindo um roteiro (instruções). Não é específico do cinema. Do ponto de vista articulatório, pertence ao mundo da arte. Assim, amplia-se o entendimento de montagem, estendendo-o a um processo de seleção que apresenta um determinado ponto de vista sobre o objeto.
    Como modalidade articulatória do discurso, a montagem prevê a seleção e a articulação para uma execução narrativa (épica), lírica ou dramática, dispostas numa confluência do eixo paradigmático (seleção) com o eixo sintagmático (contiguidade, disposição numa linha temporal), organizando planos através de uma lógica interna, uma objetivação de fragmentos.
    Sobre os planos, necessitam ser acrescidos de valores estéticos: são esses valores que favorecem a transição de um plano para outro, operando uma dinâmica na ação proposta.
    Do ponto de vista da cena teatral, a organização dos planos corresponde ao endereçamento da atenção do público: o ator induz o movimento ocular da plateia através de sua ação. Assim, o ator é capaz de mostrar ao espectador um acontecimento amplo no grande espaço da boca de cena ou fazê-lo prestar atenção a um detalhe em um pequeno objeto. A escolha desses focos de atenção e sua organização constitui a montagem cênica.

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  3. MAIS UM DETALHE:

    A trilha utilizada neste vídeo não é a trilha do espetáculo. Foi utilizada apenas como motivador para criar o clima da cena, inspirando as atrizes.

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